Digo (digo mesmo)



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sábado, novembro 09, 2002

Quinta compus uma musica com o Duca Leindecker e mais umas 10 pessoas na feira do livro. :)

A Joyce me falou de um evento da feira do livro com o Duca, Literatura'n'Roll. Tipo uma oficina, worshop, nao sei explicar. Pra entrar tinha que mandar um soneto, e como eu ja tinha, mandei. Eram 15 vagas e eu fui um dos 12 "selecionados".

Tinha um espaço lá do Palco Habitasul, que promove alguns eventos desse tipo. E lá o Duca falou sobre musica, composição de letra, lemos umas letras, ouvimos umas musicas, cada um leu o seu soneto, bem interessante. Depois fomos ali pro predio da habitasul, 12º andar. O Duca e um amigo dele (eles fazem uma dupla meio Holmes e Watson) ja tinham feito uma sequencia de acordes e uma melodia (só com nananas). Dae nós nos dividimos em tres grupos pra escrever a letra de duas partes A e uma B, e depois completamos o refrao que eles tinham já tinham começado, e que dava o tema.

Foi muito interessante compor com bastante gente. Eu já tinha feito parcerias com grandes nomes como Magrelus, John, Sander, e agora Duca Leindecker. :)

A musica vai estar no site que eu linkei aí em cima, pra ouvir e ler a letra. Nós gravamos com todos cantando e o duca tocando violao, e parece que ele vai regravar a voz dele em estudio.

A gente tava gravando com microfone ambiente, mas eu era a pessoas mais perto dele e tava rouco, e cantei bem grave, entao ficou ruim e nós gravamos mais umas vezes. Aí eu fiz falsetes ao invés.

sábado, novembro 02, 2002

Em primeiro, lugar quero agradecer aos milhões de anos de evolução que nos deram nós mesmos e nossos amigos, e a Charles D. que deu aos milhões de anos o devido reconhecimento. Vocês sabem que nós somos descendentes de um procarionte maluco que não sabia ler nem escrever (nem com a direita e nem com a esquerda), até porque a única célula pela qual ele era constituído não permitia. Daí pra seres humanos com sobrancelhas, que compões músicas, dão beijos e escrevem pela internet, o tempo e o acaso trabalharam muito fazendo inúmeras tentativas aleatórias nas espécies, mudando e construindo o meio e também todas as outras espécies, uma dependendo da outra e mudando de formas loucas, resultando no mundo que conhecemos. Por isso quero salientar uma homenagem às espéecies e variações de espécies que provavelmente ficaram pelo caminho. Me refiro especialmente às modificações feitas nos nossos ancestrais que geraram indivíduos que se adaptaram pouco ao meio ambiente e por isso morreram sem passar adiante suas características. Cito, como prováveis exemplos, o homem sem unhas, que não conseguia abrir as frutas, o homem sem pelos, que morreu em algum verão mais bruto, o homem com guelras, que respirava embaixo d'água mas não conseguia enxergar nada lá porque ardia os olhos, e o homem com oito sentidos, que podia inclusive voar e curar a si mesmo, mas era tão perfeito que não sentia necessidade de ter mulheres e por isso não procriou e morreu aos 321 anos sem ter passado adiante seus dons. Agora o que nos resta é gozar a vida que só nós, homo sapiens sapiens, podemos ter.

Digo