Digo (digo mesmo)



digocr arroba gmail.com

sábado, novembro 02, 2002

Em primeiro, lugar quero agradecer aos milhões de anos de evolução que nos deram nós mesmos e nossos amigos, e a Charles D. que deu aos milhões de anos o devido reconhecimento. Vocês sabem que nós somos descendentes de um procarionte maluco que não sabia ler nem escrever (nem com a direita e nem com a esquerda), até porque a única célula pela qual ele era constituído não permitia. Daí pra seres humanos com sobrancelhas, que compões músicas, dão beijos e escrevem pela internet, o tempo e o acaso trabalharam muito fazendo inúmeras tentativas aleatórias nas espécies, mudando e construindo o meio e também todas as outras espécies, uma dependendo da outra e mudando de formas loucas, resultando no mundo que conhecemos. Por isso quero salientar uma homenagem às espéecies e variações de espécies que provavelmente ficaram pelo caminho. Me refiro especialmente às modificações feitas nos nossos ancestrais que geraram indivíduos que se adaptaram pouco ao meio ambiente e por isso morreram sem passar adiante suas características. Cito, como prováveis exemplos, o homem sem unhas, que não conseguia abrir as frutas, o homem sem pelos, que morreu em algum verão mais bruto, o homem com guelras, que respirava embaixo d'água mas não conseguia enxergar nada lá porque ardia os olhos, e o homem com oito sentidos, que podia inclusive voar e curar a si mesmo, mas era tão perfeito que não sentia necessidade de ter mulheres e por isso não procriou e morreu aos 321 anos sem ter passado adiante seus dons. Agora o que nos resta é gozar a vida que só nós, homo sapiens sapiens, podemos ter.

Digo