Digo (digo mesmo)



digocr arroba gmail.com

quarta-feira, outubro 16, 2002

Seu Humberto Gessinger resolveu aparecer na Pop House, e por obra do Acaso - esse mestre-de-obras que une as pessoas - nós passávamos por lá e, uma vez mais por obra do querido Acaso, levávamos debaixo do braço 1 kg de alimento não perecível cada um (veja só) para... para... nós levávamos!!! E assim pudemos entrar e assistir o show, além de ajudar alguma entidade carente.

Joyce não pode ir por assuntos estudantis, mas sua presença seria amável. :) Assistimos o ótimo showzito, muito bom. Cabe pouca gente, e é uma sala de casa mesmo, mas ele fica em um quase-outro-ambiente, com seu banco de madeira, sua gaita, e seus dois violões afinados diferentes* (John acertou!). As pessoas ficam no mesmo nível (nem de composições e nem de estilo de vestir) dele, ou seja, nao há palco, e portanto sentam. Se o cara mais da frente espirrasse, o Humberto, antes de dizer "saúde", olharia para sua bermuda jovem e seu all-star de meias curtas "pra ver se voou algo indesejável ali", talvez fruto do espirro.

Ele começou com "eu me sinto um estrangeiro", que eu adoro. Tocou só tres ou quatro das que tocou no gasometro, e outras não menos ótimas também. Tocou "Parabola e Hipérbole", "eu-que-não-be-bo-mis-tu-ra-da-com-o-pa-pa-é-po-p", umas novas que o Digo não conhece... tinha uma bebassa e um chato na platéia, e o Humberto interagia legal conosco. No fim do show não teve bis, mas muita tietagem. Do Gessinger, John levou um all-star assinado, eu levei uma palheta, beLLe levou um aperto carinhoso no ombro (/me poe a mao na boca com cara de maroto), Vitor levou um "Bem que eu gostaria" ao convidá-lo pra tomar um chopp conosco, outros geleiros muito loucos levaram uma foto ao lado do ídolo, e todos levamos no coração as belas melodias que nos enchem de {uuu! cala a boca! não entrei nesse blog pra ler clichês!!} tá bom, tá bom, mas não se irrite!




E nós de fato fomos tomar um chopp, mas na verdade ceva pq era mais barato. Himus, Digo, Grog, Groga, Daniell-, Daniella-. Vitor, John. Ótimos papos.
Faziam planos e nem sabiam que eram felizes. Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho.
Telefonema indesejado, cerveja, polenta, cerveja, pastéis, cerveja, conta pra pagar, cerveja. Digo bebinho, alegrinho, indo pros boffs. Mas pra minha surpresa só eu fui pros boffs além de grog e renas. Seguraria eu velas indesejadas? Não. Logo logo daniel belle pig chegaram. vocês tão gostando dessa descrição sem limites ou querem algo mais divertido? {sei lá! o blog é teu! te vira!!} Tá. tocamos um pouquinho. solei no piano, achei divertido, quero consertar o teclado que tem aqui em casa pra melhorar minhas habilidades ainda tímidas. Depois, wormzito com pig e belle. Esta última escreveu:
"Ganhei um, pigui ganhou um e digo ganhou um!! :D"
Hoje vi que a belle tem o dom da família Medeiros Boff. Ela compõe ótimas músicas em inglês muito bouíssimas.
Quando vimos, uma e meia. Uma hora de ir embora, meia vontade de ir.

Peguei um taxi com CD de maconha. Isso já virou estilo musical. :/ Ae eu cheguei em casa.



:::Venha comigo num passeio pelos pensamentos-relâmpago do Digo:::




Cheguei em casa, avisei a mae que cheguei, "tem carreteiro num pote verde na geladeira", fui eu lá pra cozinha...

na pia, colherinha, lixo, botei no microondas pratinho colher, potencia tempo, voltei, queijo, copo, nao tem suco, tem sim, marimbondo, cascolar, abdomen, movimentos, guardanapos, desagradavel x2, abdomen suco, n é agua, carret. sem gosto, shoyu, mostarda, velha nova novissima, velho nao entende, suco nao tira gosto, restos no lixo (mosq. e comida), susto, topo

+ Tinha na pia algo AHH! ou ARGH!, nao sei bem ao certo. Parecia um sapinho feio malvado, ou um alien, ou um bicho ruim mais real, mas também parecia uma folha, e eu me aproximava mas não havia distância segura que me dissesse o que era aquilo. Aí tive uma idéia (como não pensei nisso antes?!): joguei coca sem gás em cima dele. Não se mexeu. Seria uma estratégia pra me pegar de surpresa depois? Munido de uma colherinha de cafezinho e muita coragem, ergui o bicho! Trazendo para perto do rosto, reconheci-o: era um ah! então vocês estão curiosos?? {fala logo porra! /me roe unhas} era a partezinha verde de cima de um tomate. Eu diria o TOPO de um tomate. Botei no lixo. Não pensem que isso tudo durou mais segundos do que se possa contar nos dedos.

+ E de fato, num pote verde, a comida. Botei um pouco num prato de sobremesa pra comer de colher. Carreteiro frio pode ser bom, mas nao naquela hora. Aqueci, com queijo. Peguei um copo e fui pra mesa. Sentando lembrei que nao tinha pego nada pra beber. Mas era muita fome. Comi um pouco, levantei pra pegar bebida. Chegando na geladeira lembrei que eu ja tinha pego bebida antes! Voltei pra mesa, coloquei suco no copo.

+ Um marimbondo voava, e eu nao podia nao fazer nada. Comi observando ele pousar no lustre. Só uma cola Cas-Colar poderia me ajudar. Olho pro lado e.. Ali estava ela! Um tubo de cola Cas-Colar. Com ele bati no inseto, que caiu inerte. Segui comendo.
Tempo depois percebi que suas patas se mexiam, e que seu abdomen tinha caído mais longe, mais perto de mim. Na hora olhei preocupado pro suco pra ver se este nao continha outras partes do animal. Quem me dera fosse água, com toda sua transparência... Botei guardanapo em cima do mosquito pra nao ve-lo agonizar. Ele empurrou pra cima e pra baixo o papel, como quem faz flexões, reflexões de "por que sou eu inseto e ele gente e nao eu gente e ele inseto?".

+ Carreteiro sem gosto. Olho pro lado, shoyu e mostarda. Ponho shoyu, fica salgado. Ponho mostarda, fica picante. A velha mostarda do Ribs era muito mais picante. Essa nova é mais suave um pouco. Eles deviam manter três edições, pensei: velha, nova e novíssima, cada uma com uma picância. Mas um senhor de mais idade ao telefone nao entenderia esta história toda, pensei. Então poderiam chamar de mostardas 1, 2 e 3, ou de repente perguntar pra ele do que ele gosta mais. Ainda bem que tenho refrigerante pra tirar o gosto ruim que ficou. Ah não, é suco! Sem açúcar... Só me resta dar fim à essa refeição. Piso no pedal do lixo pra jogar fora os restos, e tomo um susto! Durante um segundo, penso: "nossa! que coisa assustadora! o que pode ser? um goblin, monstrinho, bichinho gordo venenoso?". Era o topo do tomate.

Digo