Digo (digo mesmo)



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sexta-feira, maio 24, 2002

Eu tive uns 3 ou 4 sonhos hoje. Em um eu era soldado, no outro era guitarrista dos Titãs e os outros dois não eram agradáveis eu não lembro. Vou contar o do soldado!

Tudo acontece há uns 50 ou 70 anos atrás. Começa quando eu e um amigo meu, dois soldados de uniforme verde, somos deixados de helicóptero no campo de batalha. Nós andamos sempre abaixados e temos metralhadoras que tem um apoio para usar apoiada no chão. Alguns inimigos aparecem (também usam uniformes verdes) e nós os matamos. Sempre rastejando pra não ser um alvo fácil, chegamos no topo de uma grande "descida". Deixa eu situar vocês: o chão é sempre grama, e tem várias árvores (a maioria sao pinheiros) espalhadas, mas não chega a ser um mato denso. Esse meu amigo é o alvo do melhor atirador de elite do mundo. E ele está lá! Mais acima, à nossa direita, está situado o melhor atirador de elite do mundo! E ele faz parte do exército inimigo (mais tarde descobri que são alemães). Ele tem uma arma espetacular, que um tiro em qualquer parte do corpo é fatal e tem uma visão de aumento que permite que ele enxergue muuito longe e atire com muita precisão. A "descida" é um grande barranco, uma colina, um terreno irregular bastante inclinado, e cheio de árvores, pedras, uns jipes abandonados, umas latas grandes...
Quando começamos a descer, somos perseguidos pelo atirador. Não se pode ficar exposto ou sair correndo. Os movimentos tem que acontecer entre um tiro e outro, o inimigo tem que colocar uma bala de cada vez na arma. Ele está posicionado sempre no mesmo lugar e com toda a atenção em nós. Alguns tiros passam muito perto. O meu amigo (alvo do atirador) vê muitos tiros passando, com o mesmo intervalo entre um e outro, e corre entre as árvores para fugir. Eu sempre vou atrás, nem sempre exatamente nos mesmos lugares. Nós sabemos que o atirador, quando tá usando o "zoom", só consegue ver uma área pequena, então tentamos confundi-lo e despistá-lo. Passam soldados inimigos muito perto de nós. Temos que ficar parados em silêncio.
O sonho muda pela primeira vez: agora o inimigo não pode saber que eu estou la. Tenho que me esconder do melhor jeito possivel, mas continuamos descendo. Chega uma hora que estamos encurralados, em um lugar péssimo (dificil de descrever). Eu passo de um jeito que o atirador vê. Um tempo depois ele grita (ou usa um megafone, nao sei), dizendo algum clichê de filme do tipo "tu e o rodrigo nao vao escapar" (fiquei supreso pq ele me conhecia pelo nome hehehe). Então meu amigo reclama que eu nao devia ter aparecido, e nisso ele toma um tiro e cai no chão! (...momentos de suspense...) O tiro pegou de raspão em uma proteção que ele trazia.
Finalmente chegamos lá embaixo, em um pequeno moinho. Ainda estamos nos esquivando do atirador, apesar de já estarmos muito longe dele. Aqui ocorre a primeira mudança de personagens do sonho. Coisas que só acontecem em sonho. O personagem que era o meu amigo passa a ser a Joyce (!) e aparece também, junto conosco, sua irmã (!!!). Agora nós tres estamos juntos na missao (a proposito, que missao?!?).
Estamos abaixados na base do moinho. Passam soldados inimigos muito perto de nós. Temos que ficar parados em silêncio. Eles vão embora. Aí nós percebemos que chegamos até o forte do inimigo. Tudo é feito de tijolos, pessoas moram lá, tem organização, passam soldados toda hora, é uma espécie de "vila", uma comunidade, tem pequenas ruas entre uma casa e outra, todas com telhados vermelhos, tudo em estilo antigo europeu. Mas ao nos infiltrarmos lá, eu me perco das duas, e nós nao nos vemos mais durante muito tempo.
Aí é outra parte bem estranha. Pra elas passa muito tempo (semanas, talvez anos) mas pra mim tenho a impressão de que só passam horas. E eis que chega um dia que eu as encontro! Só que tem outra troca de personagens... Agora não sao mais elas, é Paul McCartney. Sim, ele mesmo! Ele ta pintando um quadro em uma sacada, e eu apareço! Aquilo significava que ele tinha se integrado na vila dos inimigos sem eles saberem quem ele era. Eu chego e acabo de pintar uma parte do quadro hehehehe. Um quadro azul com linhas amarelas...
Agora tem uma grande quebra no sonho. É como se esse ultimo paragrafo nao tivesse existido, e eu encontro quem estava comigo de novo (pela primeira vez). Agora ao inves da Joyce e sua irmã são Paul McCartney e uma menina (talvez irmã dele mesmo, e aparenta 13 anos). Eu estou passando por uma ruazinha daquele lugar (sempre com a preocupação que ninguem pode descobrir que eu sou inimigo) e escuto um piano e duas vozes cantando a musica "Michelle", que eu nunca tinha ouvido, mas voces ja vão entender pq me chamou atencao. Entao eu abro uma janela e la dentro estao Paul e a menina, e é uma cena muito emocionante pq nos encontramos depois de muuuito tempo, eu vejo que eles estao usando roupas bacanas e tocando piano. Aquilo significava que eles tinham se integrado na vila dos inimigos sem eles saberem quem eles eram. E o mais emocionante era que a música (recém composta) era em minha homenagem. Sim. De repente eu passo a ser só um observador, pq o personagem em primeira pessoa passa a ser uma mulher, mãe dos dois, chamada Michelle! Então ela entra na sala e assiste eles tocarem piano, todos estao tomados por imensa alegria, e a menina mostra outra musica que eles tambem compuseram durante aquele tempo, que tambem na verdade é uma dos Beatles e que tinha um significado na hora (nao lembro qual era :(). Eles estão em uma espécie de "centro de estrangeiros", e a mulher se integra naquela pequena sociedade também.
Agora uma das cenas mais loucas: o final. Passa um homem em uma janela, e olha para dentro (onde nos estamos). O personagem em primeira pessoa é o soldado mais uma vez. A pessoa para na janela e fica olhando durante um tempo. Eu e ele estáticos. Eu imediatamente reconheço aquele homem. É o atirador!! E o mais incrível: é Lima Duarte!! Antes não era, mas agora esse "papel" é "interpretado" por esse velho ator. E ao contrário do esperado, ele não atira e também não nos deda para seus amigos. Ele se contenta em saber que nós estamos "trabalhando" pra eles. Ele vai embora e começa uma discussão entre nós sobre esse "trabalho" que nós fazemos ali, quem vai trabalhar, qual trabalho é pior. Um de nós começa a pintar um cavalo, com balde de tintas coloridas (de amarelo a vermelho) e um pincel.
Acho que depois disso eu acordo, ou entao volto pra um dos sonhos anteriores, ou melhor ainda: volto pra partes anteriores desse mesmo sonho e sonho ele de um jeito diferente (tem partes ótimas) mas acho que não cabe contar essas novas versões, porque já escrevi bastante coisa por hoje. Aliás, quem chegou até aqui, obrigado pela atenção! :) Faça comentários mandando e-mails pra mim (juuura que vão fazer) e por hoje é só. Não espero que tenham gostado, pq sonho é muito pessoal, sei lá. Me dêem algum retono! Não revisei o post, talves depois eu corrija o tamanho das linhas.

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